quarta-feira, 4 de novembro de 2009

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

(AUTOR DESCONHECIDO)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Segundos da vida

A vida nos trás e nos leva sem a menor cerimônia tudo o que mais desejamos.

Nos torna crianças encantando com belezas fáceis e simples.

E num piscar de olhos nos joga e nos pisa como se não fossemos nada.

A vida é uma brincadeira perigosa de sentimentos, momentos que construímos e destruímos em segundos.

Quanto tempo levamos para entender que não somos nada.

Quanto tempo temos para admitir que nada somos.

São segundos, basta muitas vezes um olhar,

Uma palavra mal colocada e já estamos destruídos.

Como também basta um olhar, um gesto para nos tornamos as crianças mais dóceis e felizes do mundo.

O que nos deixa mais perplexos é que esses segundos de vida parecem eternos, pois jamais os esqueceremos.

Nos seguirá e nos atormentará a vida toda.

Acho que é por isso que ela passa tão rápido, pois se durasse mais não a agüentaríamos.

Deixar-se magoar, magoar alguém é a coisa mais fácil do mundo, o difícil é tentar concertar, é tentar explicar.

Somos escravos de uma vida cheia de medos, ilusões, felicidades e descepções....

Feliz é aquele que não se entregou ao que nós criamos e chamamos de vida comum.

Feliz é aquele que não se prende aos princípios que a vida nos impõe.

Feliz é aquele que simplesmente vive o hoje e se torna feliz sem se importar com o amanhã.

O amanhã é um conjunto de uma enormidade de segundos.

Mas como se desprender dessa prisão, vida, tempo, sociedade, pessoas e dogmas?

Não encontro solução nem explicação.

Vivemos menos por que nos matamos dentro desta prisão chamada vida, que nós obriga sempre a fazer escolhas, mesmo sendo elas as que muitas vezes não queremos.

Mais um pedaço de Mim

Forte, decidida, teimosa muitas vezes, sonhadora e apaixonada.....

Um pedaço de mim


Meu menino, um sonhador, um apaixonado, carinhoso e com um coração enorme.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pedrinho Uma liçao de Vida

Era uma manhã de domingo, disso me lembro bem, estava caminhando na praça, o sino da igreja tocava chamando os fieis para mais uma missa.

Durante a minha caminhada cumprimentando os amigos e sorrindo com os acenos. Reparo em um menino que deveria ter uns 11 anos, sozinho e com um belo sorriso no rosto.

Em frente ao menino brincavam 3 meninas, de amarelinha. As 3 riam e falavam bastante, enquanto o menino fascinado as observava com muita atenção.

As 3 meninas deveriam ter por volta dos seus 9 anos de idade, todas com seus vestidos de domingo, cabelos presos. Brincavam de uma forma ingênua e feliz, a alegria que elas transmitiam era tanta que até eu em um determinado momento me pequei com um leve sorriso.

A mais alta era magrinha, com a pele bem branca, cabelos dourado e encaracolado nas pontas.

A do meio tinha a pele queimada do sol, com um tom bem comum para onde morávamos, seus cabelos lisos e soltos a todo o momento entravam em seus olhos e boca.

A menor e possivelmente a mais nova era a gordinha porem a mais sorridente dentre elas.

Elas brincam e não se davam conta do menino que as observava sempre com um largo sorriso nos olhos.

Aproximei-me do menino perguntei se poderia me sentar, o menino somente se afastou de lado para que o acento tivesse um lugar a mais, não me respondendo e nem tão pouco me olhou, pois toda a sua atenção estava nas meninas em sua frente.

Depois de alguns minutos, perguntei seu nome, ele com um tom meio desligado.

- Pedro senhor eu me chamo Pedro.

- Oi Pedro, me chamo Pedro também.

E assim ficamos por mais uns minutos, até que lhe faço outra pergunta.

- São suas irmãs?

- Não senhor. Por que esta me perguntando?

- É que você as observa com um grande carinho e admiração.

- Sei, mais não são minhas irmãs, estou olhando o amor da minha vida brincar.

Eu fiquei atônito, e por alguns estantes tentando entender as palavras de um menino de 11 anos que falava do amor de sua vida.

Depois da declaração de Pedro pude entender o porquê do seu sorriso e admiração, fiquei curioso para saber qual delas era a elegida desse meu novo amigo.

- Pedro qual delas é o amor da sua vida?

- Aquela ali senhor a mais linda, com um sorriso nos olhos que me deixa sem respirar, faz o dia brilhar mais que sol.

Outra vez Pedro me diz palavras que me deixam desconcertado e com meus pensamentos confusos. Como podia um menino estar falando de amor assim de uma forma tão segura e tão intensa.

- Qual delas Pedro?

Pela primeira vez ele se volta pra mim, me olha nos olhos e me diz:

- A Maria senhor, a mais bela de todas.

E eu ali ainda sem saber quem era o amor da vida de um jovem que a cada palavra me surpreendia mais e mais.

- Já sei Pedro é a de cabelos lisos e pretos.

- Não senhor, e a de cabelos em forma de caracol.

- Hum, já sei.

Por mais alguns minutos me coloquei a observar a forma doce e pura como ele olhava para ela. A cada movimento seu, os olhos de Pedro brilhavam mais, cada sorriso de Maria, maior ficava o sorriso no rosto de Pedro.

Quando uma das mães chamou uma das meninas e a brincadeira acabou.

Pedro por sua vez continuava com o brilho no olhar, vendo sua amada se despedir das amiguinhas e partir.

- E agora Pedro?

- Agora senhor, vou pra casa ficar lembrando dela e de seu sorriso.

- Pedro, por que você não fala com ela?

- Ela ainda não sabe senhor que sempre foi e sempre será o amor da minha vida e que mais uma vez estaremos juntos.

Eu pensando nossa como um menino fala de coisas tão complicadas para um adulto.

Falava de amor de uma forma tão fácil, simples e segura que ate me assustava.

- Pedro, como assim, sempre foi, você ainda é um menino, irá conhecer muitas meninas ainda e se apaixonar por alguma delas.

Mais uma vez ele se vira pra mim e me olha, só que dessa vez serio.

- Senhor eu não sei por que, mais eu reconheço aquele sorriso e aqueles olhos, são como se eles sempre fizessem parte da minha vida, como se eu os conhecesse a muito tempo.

Foi quando Pedro levantou-se, sorriu e foi embora. Acredito que foi fazer o que havia me dito.

Eu acho que fiquei na mesma posição durante algum tempo atordoado com tudo que havia acontecido.

E comecei a pensar sobre a minha vida, sobre os amores que vivi e aqueles que deixei de viver. E em nenhum deles eu tive a certeza que Pedro me demonstrava.

Passei horas tentando lembrar-me das mulheres que passaram pela minha vida, minha primeira paixão, nossa já não me lembrava mais a Luciana.

Ela era mais alta do que eu, mesmo tendo mesma idade.

Lembro-me que conversamos bastante, tínhamos doze para treze anos de idade. Lembro-me com carinho de que eu fui seu primeiro beijo na boca, ela fez uma cara, nossa pensei, ela não gostou, mais de repente ela se vira me diz, quero outro e nós beijamos outra vez. O mais engraçado foi que estávamos na escada do prédio onde morávamos eu no degrau de cima e ela no de baixo, devido a diferença de altura.

Naquela noite não consegui dormir direito, ficava pensando na Luciana, em seu rosto, seu sorriso, com certeza ela foi a minha primeira paixão. Porem não se comparava a declaração do pequeno Pedro. Chegamos a ser namorados por algum tempo, mais tudo acabou e logo ela já estava beijando outros.

Depois dela veio a Gisele, era uma menina bonita mas namoradeira e sempre estava com um garoto diferente e comigo foi igual fui mais um na sua longa lista.

Logo o olhar de Pedro e sua expressão de admiração por sua amada voltaram a minha mente e me fizeram ficar atordoado com tanto paixão que demonstrava.

Já em minha casa lembrei-me de um álbum de família, com fotos velhas que minha mãe guardava com tanto carinho, dizendo que aquele sim era seu verdadeiro tesouro, lembrança de momentos felizes vividos em família.

Meus irmãos se foram para longe e eu fiquei e com isso herdei o tesouro de Dona Aurora.

Olhando as fotos pude ver vários amigos do tempo da escola, só que uma foto em especial me chamou a atenção. Era uma foto minha com a Joana, preparada para uma festa junina na escola ela era menina mais linda, tinha os cabelos ruivos e encaracolados, uma pele bem branca parecia uma boneca. Todos os meninos a admiravam e eram apaixonados por ela.

Eu era um que vivia pensando nela, mais paixão igual a do meu amiguinho não ela não foi.

Acabei adormecendo no sofá da minha casa tentando me lembrar da minha primeira paixão, uma que tivesse sido na infância.

No dia seguinte encontro Pedro voltando da escola com seu sorriso enorme no rosto.

- Bom dia senhor, o dia não esta lindo?

- É meu bom amiguinho esta sim.

- Por que tanta alegria?

- Estou vivo e apaixonado senhor, vivo e apaixonado.

Meu amigo sai saltitando e brincando com as pessoas na rua. Sua felicidade era tamanha que a luz que ele refletia era mais brilhante que sol daquela segunda-feira.

Novamente meu amigo me colocou em cheque comigo mesmo.

Nossa que amor é esse?

Lindo, puro, inocente e tão verdadeiro.

Fui caminhar e pensar sobre esses dois dias de fortes emoções.

Coloquei-me embaixo de uma arvore que fazia uma sombra enorme, não encontrava meu amor na infância comecei a buscá-la na adolescência. Adormeci e sonhei com a Débora uma menina na minha infância que era mais desenvolvida que as outras, ela já tinha um jeito de menina adolescente e todos ficávamos loucos com ela. Estudávamos na mesma classe, ela tinha a pele morena e os cabelos bem lisos na altura dos ombros.

Eu e ela éramos amigos, mesmo eu tendo uma queda por ela, infelizmente ela nutria por mim o pior dos sentimos que eu desejava na época, amizade e eu doido para lhe beijar a boca todas as vezes que ela sorria pra mim.

Como dividíamos a carteira na sala de aula estávamos sempre juntos até na hora do recreio e principalmente na hora de ir embora. Nossa amizade acabou por causa de um beijo, estávamos um tarde caminhando indo para sua casa e no portão de entrada eu lhe deu um beijo nos lábios, ela ficou atônita e rubra ao mesmo tempo entrando correndo e me deixando ali sem saber o que fazer. No dia seguinte quando chego na escola ela estava sentada junto com uma amiga e não me dirigiu um só olhar ou palavra.

Fiquei sem falar com ela durante meses acho, se não foram meses acho que foram os dias mais longos da minha vida.

Despertei com uns pingos de chuva no meu rosto. Voltei pra casa a passos largos, pois já começava anoitecer.

Em casa pensando comigo tomei a decisão de procurar meu amigo Pedro e entender melhor o porquê daquele amor infantil tão forte e bonito.

No dia seguinte fui caminhar pela praça a espera que meu pequeno amigo aparecesse para poder conversar um pouco. Pensava no amor que via saltar aos olhos de Pedro por Maria.

Desta vez Pedro não estava em seu lugar de costume, mas sim sentado sobre a sobre de uma enorme e velha arvore, olhando-o bem notei que seu olhar estava sem brilho e sua expressão triste.

Aproximei-me e sentei a seu lado e por alguns segundos permanecemos calados.

Para mim era o silêncio mais ruidoso que já havia ouvido na minha vida, sua expressão de tristeza e seus olhos cheios de lágrimas me remoíam por dentro, eu sem ter o que fazer a não ser esperar que meu amigo começasse a falar.

Pedro vagarosamente levanta sua cabeça e me olha nos olhos, respira fundo e me pergunta.

- Por que dói tanto?

Fiquei atônito e preocupado, achei que estava com alguma doença, ou o haviam machucado.

- O que aconteceu Pedro, estás doente ou com algum machucado.

- Não entendo por que um sentimento e um amor tão bonito pode doer tanto.

Mas uma vez esse menino me deixa sem ar.

Como responder a uma criança duas perguntas tão difíceis. Perguntas que todos nós gostaríamos de ter a resposta. Como responder ao menino, que a vida é assim e que possivelmente ele era ter essas dores outras vezes durante toda a sua vida.

Como dizer a um menino que a vida é assim, nos trás alegrias, nos trás amor, nos tira as alegrias e nos tira os amores. Como explicar a um menino que a vida é assim e que apesar de tudo isso temos que seguir vivendo, pois a vida sempre nos trará uma surpresa nova, uma alegria e possivelmente novos amores.

Voltei-me para Pedro e lhe perguntei o que aconteceu. Sua resposta me veio como uma pergunta e um desabafo.

- Quando ela irá perceber a força do amor, quando chegará o dia que ela irá nos meus olhos e poderei sentir seu carinho, quando? Até quando a vida vai nos manter tão perto e tão distante?

Pedro me olhou nos olhos novamente e me disse.

- Será que um dia ela era me escolher, será?

Outra vez o responder, como responder uma coisa que não entendia, jamais precisei me responder essas perguntas.

Por um instante me senti triste, por mais triste que parecesse eu gostaria de ter tido um sentimento e um amor tão bonito e puro.

Pedro nesse momento se levanta com uma lagrima correndo sobre seu rosto.

- Seu Pedro, o senhor me dá licença, vou para minha casa, tentarei dormir um pouco e ver se essa dor no meu peito para, e volta a dar lugar a felicidade que eu vivia antes.

- Claro Pedro, mas você não me contou por que esta com essa dor, talvez conversar um pouco possa te fazer melhor.

- Eu não sei seu Pedro, só falei o que meu coração sente, sinto muito se o aborreci.

Com essa despedida meu amigo se foi, eu ali fiquei observando-o em seu caminhar lento que aos poucos o fez sumir no fundo da praça.

Comecei a pensar sobre o que poderia ter deixado meu amigo tão triste, me levanto e começo a caminhar para minha casa, quando me viro vejo do outro lado da praça Maria e um outro garoto, eles sorriam muito e um brilho saltava a seus olhos, logo entendi por que da dor em Pedro, ele não era o seu escolhido.

A dor de não haver sido escolhido é sempre enorme, a dor da rejeição é confusa e profunda.

Sabemos que não existe dor que dure para sempre e que pior que seja o momento ele irá passar, só o tempo irá curar qualquer ferida.